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sexta-feira, 7 de março de 2014

NA CABECEIRA: Eu sou Malala

Lembro quando há bastante tempo atrás começaram a surgir fenômenos de literatura contando histórias sobre o Oriente Médio como "O Caçador de Pipas" e "Cidade do Sol", e também alguns sobre conflitos políticos / religiosos, como "A Menina que Roubava Livros". Desses exemplos o único que não li foi o primeiro, no entanto devorei os outros dois e até hoje "Cidade do Sol" foi o livro que mais me fez chorar na vida! O que esses livros têm em comum, além dos temas, é o fato de contarem histórias fictícias, mas de uma forma que nos faz entrar dentro do enredo. São histórias incríveis, às vezes inacreditáveis, do tipo que só num livro ou filme mesmo que poderia acontecer.
E se essas histórias fossem reais? E se houvesse um livro que contasse uma história de verdade sobre esse mundo tão distante e diferente do nosso?
 
 
Pois eis que eu apresento (para quem ainda não conhece) Malala, uma menina paquistanesa jovem de idade, mas de uma maturidade, coragem e dedicação que poucos adultos ousam ter. Em "Eu sou Malala", a autora e personagem principal (e real) do livro conta sua história desde que nasceu até quando foi colocada na lista de pessoas a serem executadas pelo Talibã e então foi atacada por eles.
Ao contrário da maioria das famílias à sua volta, Malala não foi criada em um ambiente machista, em sua família as mulheres não eram hostilizadas. Seu pai tinha o sonho de ter uma escola e educar o máximo de jovens possível, enquanto os governantes e parte da sociedade eram contra a educação, principalmente das meninas. Em sua cultura, as mulheres deveriam viver somente para servir aos seus maridos.
Malala, tanto por sua coragem quanto pelo incentivo de seus pais, lutou arduamente pelo direito à educação das mulheres, mesmo quando sabia que era um alvo do Talibã.
A história é interessantíssima, ainda mais pra quem gosta de "viver" a história de outras culturas. É surpreendente descobrir como aconteceu toda essa reviravolta causada pelo Talibã. O Swat, vale em que Malala nasceu, era uma região tranquila, vocês acreditam? Houve um golpe no governo, entraram novos líderes e com isso um grupo começou a se manifestar e ganhar adeptos pelo país, pregando o radicalismo para poder oprimir os mais fracos e serem cada vez mais fortes.
Enquanto isso Malala resistia à pressão do Talibã e continuava agindo de forma a garantir o estudo das meninas, indo a reuniões, dando palestras, sem nunca se esconder. Até que um dia eles a encontraram e tentaram mata-la a tiros. Por sorte Malala sobreviveu e sua história rodou o mundo como exemplo de luta pelos direitos das mulheres, inclusive sendo a pessoa mais jovem a ser indicada a um prêmio Nobel da Paz. Virou notícia em diversos veículos e teve o apoio de vários nomes de peso como a Rainha Elizabeth, Angelina Jolie, Ban Ki-moon e Selena Gomez.

 
 
 
Bom, resumindo bem resumido mesmo é isso! Vale muuuito à pena ler e é uma leitura bem gostosa, até pra quem não curte livros muito "intelectuais".
Depois me contem o que acharam!! ;)
 
Beijinhos, Lalá

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